Victor Hugo Pontes

A esta hora, na infância neva 1

2025

Nesta criação com a Companhia Maior, Victor Hugo Pontes segue uma via eminenemente física, inspirado pelo potencial do corpo que já viveu muito tempo – um contraponto com a sua experiência prévia de trabalhar com adolescentes. Se na pujança da juventude interfere a falta de experiência e autodomínio, na idade maior as limitações são resolvidas com a experiência de palco. Que idiossincrasias se fazem anunciar na fisicalidade destes intérpretes que têm um longo percurso gravado no corpo? Para esta pergunta, Victor Hugo Pontes propôs-se encontrar uma afirmação coreográfica.

Em cena, corpos de diferentes idades sobrepõem-se para evidenciar o contraste, por um lado, mas também para elogiar a beleza do físico amadurecido: um corpo na dança que perdeu força e velocidade, mas que comporta memória existencial e ganhou definição e intenção. As gerações mais novas criam um espelho que nos permite reflectir sobre o que ainda somos, daquilo que fomos… um gatilho do passado, para o futuro em aberto, num presente onde, como escreveu Manuel António Pina, “as cicatrizes do coração permanecem”2, em que o esquecimento é também sabedoria e a infância reaparece, refinada.

[1 e 2 ] “A esta hora, na infância neva”, poema de Manuel António Pina em Cuidados Intensivos, 1994.

Próximas apresentações:

7, 8, 10 e 11 Dezembro 2025
Pequeno Auditório – Centro Cultural de Belém

Acessibilidade: Sessão de 11 de dezembro com Audiodescrição para pessoas cegas e com baixa visão.

Ficha Artística

Direção artística 
Victor Hugo Pontes
Cenografia 
F. Ribeiro
Desenho de luz 
Wilma Moutinho
Música original A definir
Figurinos A definir
Assistência de direção 
Cátia Esteves
Intérpretes Angelina Mateus, Beatriz Mira, Carlos Nery, Cristina Gonçalves, Dinis Duarte, Du Nothin (Duarte Appleton), Elisa Worm, João Silvestre, Kimberley Ribeiro e Michel 
Consultoria artística 
Madalena Alfaia
Estagiárias 
Catarina Gonçalves (Mestrado ESD), Joana Belchior e Mariana V. Pedreiro  (Licenciatura ESTC)

Companhia Maior
Direção artística 
Paula Varanda
Coordenação executiva 
Sofia Gomes
Comunicação e imprensa 
Raquel Ermida
Vídeo e fotografia 
João Cardoso Ribeiro

A Companhia Maior é uma associação cultural apoiada anualmente pela CML, ao abrigo do RAAML.

Nome Próprio
Produção executiva 
Andreia Fraga
Assistência de produção 
Nuna Reis

A Nome Próprio é uma estrutura residente no Teatro Campo Alegre, no âmbito do programa Teatro em Campo Aberto, e tem o apoio da República Portuguesa – Ministério da Cultura/DGArtes.

Apoio à residência Comuna – Teatro de Pesquisa, CML – Polo Cultural Gaivotas

Coprodução Companhia Maior, Nome Próprio, Centro Cultural de Belém, RTP, Cineteatro Louletano, Theatro Circo

 

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